sexta-feira, 29 de abril de 2011

Entrevista à Katia Sopas

Hoje publicamos uma entrevista que realizámos à Katia Sopas, aluna da nossa escola, que é diabética e a quem agradecemos desde já a sua disponibilidade.
Esperemos que vos possa esclarecer :)



Andreia Ginja: Olá, estamos no dia 3 de Dezembro de 2010, hoje vamos fazer uma entrevista com a katia sopas, é do 12ºA, e tem diabetes à algum tempo. Então, o que é ser diabético?
Katia Sopas: Ser diabético é ter uma doença, que se costumam dizer “os diabetes” , não é “os diabetes” é “ a diabetes”. A diabetes é uma doença em que o pâncreas não funciona. Há dois tipos de diabetes, o tipo 1 em que o pâncreas não funciona totalmente e tem que ser injectada insulina para o nosso organismo. A diabetes tipo 2 que é o pâncreas funciona só em parte e produz parte da insulina não total, ou seja, tomam-se comprimidos para que estimulemos o pâncreas a funcionar.
A: E qual é o teu tipo de diabetes? Tu disseste dois…
K: eu tenho o tipo 1, ou seja, o meu pâncreas não produz insulina e eu tenho que me injectar para dar insulina para o meu organismo.
A: normalmente a do tipo 1 é mais relacionada com crianças, aparece em crianças em idades mais novas e o tipo 2 em adultos e adolescentes, é assim ou...
K: sim, geralmente é assim, mas também há por exemplo: aparece nos adultos e nos idosos a diabetes tipo 2 e depois evolui para diabetes tipo 1, ou seja, com o não tratamento da diabetes tipo 2 passa para diabetes tipo 1, ou seja, o pâncreas deixa mesmo totalmente de produzir insulina, porque não é estimulada a produzir e então passa para diabetes tipo 1
A: há quanto tempo és diabética?
K: sou diabética para aí há 11 anos.
A: Então desde os 6 anos.
K: Sim.
A: Como é que é o teu dia-a-dia?
K: eu tento fazer o dia-a-dia como uma pessoa normal, faço desporto, tenho uma alimentação cuidada e acho que no fundo é basicamente o que uma pessoa normal deveria fazer...
A: e tu tomas insulina todos os dias?
K: sim, várias vezes por dia
A: e aquela bombinha que tu usas na barriga? É para regular?
K: Existem vários instrumentos que permitem regular os níveis. Os mais antigos eram seringas e ao longo do tempo, com a evolução da tecnologia foram evoluindo…Existem também canetas que é o mais comum para as pessoas, agora com o avanço da tecnologia passou só a ser uma bomba que funciona a pilhas e como nós temos de dar sempre duas insulinas, uma para a comida outra para regular os níveis durante o dia, a da comida é como se fosse um extra e a bomba faz durante o dia normal, dá para, em vez de, com a caneta temos de dar sempre a mesma dose e aqui ela dá sozinha e para além disso também permite controlar entre horas as doses que temos de dar.
A: ok. E para última pergunta, se descobrisses que alguém tinha diabetes que conselhos é que lhe davas?
K: há pouco tempo também descobri que uma amiga minha de infância tinha diabetes e eu acho que é assim, quando eu tive diabetes eu tive de aprender sozinha por isso eu acho que se soubesse que uma pessoa tinha diabetes eu tentava ajudar, porque eu acho que é muito mais fácil teres uma ajuda e teres alguém por trás a ajudar-te do que aprenderes sozinha nos hospitais porque a aprendizagem é muito diferente. Nos hospitais ensinam-te só aquilo que deve ser e tens de seguir tudo à risca, mas nem sempre é assim porque tu não tens que te adaptar à diabetes, a diabetes é que tem que se adaptar à tua vida. Por isso eu acho que ajudava.
A: ok, Obrigada pela tua colaboração.


Direitos de autor.
Fonte da imagem: http://www.cabianca.net/imagem/entrevista.jpg

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